ps.bianca

Não é sobre o que as pessoas fazem para nós, mas sobre a forma que reagimos diante das situações. Todos os dias surge um desafio diferente e manter-se equilibrado emocionalmente se torna quase impossível. A verdade é que, apesar de termos consciência de muitas coisas, o que mais direciona a nossa atenção é aquilo que ainda não temos controle e de certa forma é o que mais nos afeta. O erro está exatamente neste ponto, tentar ter o controle de tudo quando deveríamos refletir e analisar, absorver o que este episódio nos trouxe de bom e, caso não consigamos encontrar algum benefício, simplesmente aceitar. Continuar seguindo é uma tarefa difícil quando tem-se apego demais, quando a saúde mental depende do outro, quando detalhes atingem diretamente o humor. Nós precisamos exercitar mais a compreensão, precisamos priorizar o nosso bem-estar, porque sentir paixão por alguém não significa necessariamente que isso nos fará bem a longo prazo. Entender que a nossa linha de raciocínio e a d...

Quando você se apaixona por alguém, começa a imaginar como seria sua vida ao lado dessa pessoa. Depois de um tempo, como sua vida seria caso vocês não ficassem mais juntos. A forma com que você se prepara para as situações conduz as suas atitudes diante delas. O problema é que ter consciência das possibilidades de dar errado   passa despercebidamente pela nossa mente e nos concentramos numa verdade única e absoluta, como se dependesse apenas da gente, como se só a nossa vontade fosse suficiente para fazer dar certo. Se decepcionar com as outras pessoas se torna necessário para o processo de amadurecimento e expectativa de vida, passar por momentos difíceis servem para nos mostrar o valor de coisas que, antes, pareciam insignificantes ou traziam sérias dúvidas se realmente nos faziam feliz. Algumas vezes é apenas para reafirmar a desimportância. Dentro de nós sempre existirá dois lados de uma mesma história, é nessa hora que o desespero aparece e passamos a não nos reconhecermo...

Durante um tempo cheguei a pensar que doeria menos, que eu poderia pensar quantas vezes eu quisesse e não sentiria tanto, pensei que, ao menos uma vez, eu seria capaz de não desejar estar em outro lugar - lugar esse que não me pertencia mais. mesmo lembrando de todos os motivos que me fizeram ir embora - aos poucos - tudo continua afetado, machucado. é difícil entender e acompanhar a vida. ela vai construindo, destruindo, reconstruindo... uma hora te puxa, em outra te joga para longe; ás vezes ela estende as mãos e diz "venha, eu estou aqui, você está seguro", algumas vezes ela simplesmente assiste você se lamentar. enquanto alguns te consideram a pessoa mais forte do mundo, você se sente incapaz, se pergunta como conseguiu chegar àquele ponto, se perde nas próprias lembranças e deseja, mais do que nunca, que as peças se encaixem, que o tempo voe, que seja um pesadelo, deseja acordar e não sentir nada - pois não sentir não significa que não há sentimento, significa que e...

ultimamente tenho notado muitas coisas que, antes, não dava a menor importância. tenho aprendido lições que sempre foram rejeitadas pela minha mente - simplesmente porque não coincidiam com o que eu queria. entre um dia e outro, um humor e outro, uma pessoa e outra, conheci diferentes versões de mim e desejei, em alguns momentos - mais do que nunca - me sentir sempre assim, conhecida por mim mesma. você já sentiu falta de algo que jamais imaginou que iria sentir um dia? já amou tanto a ponto de querer gritar o quanto aquela pessoa era importante para você? já acordou, abriu os olhos, olhou para o lado e desejou abraçar alguém tão fortemente...? caso a resposta seja sim, você entende do que eu estou falando. entende que não basta só amar. entende que o fato de amar não é justificativa para o outro ficar. entende que ás vezes o outro vai querer ir e você, por amar, deixará. mas, antes, você não vai aceitar - talvez ainda não tenha entendido que amor não é sinônimo de posse. que simpl...

Eu preciso encostar nos meus próprios ombros e pedir desculpas por tudo estar tão confuso... preciso explicar ao meu coração que o desespero vai passar, explicar a mim mesma que dói - eu sei que dói - mas vai ficar tudo bem. me perdoe, meu eu.  quando você se sente, é mais difícil esquecer o que te machucou, porque a ferida - apesar de cicatrizada - sempre estará ali e quando nada te interessar lá fora, você vai querer acaricia-la. só que, talvez, ela não queira companhia.  nesse momento as lembranças invadem o meu consciente e me enchem de saudade, tantas coisas que eu deixei para trás, tantas que eu trouxe comigo e nada me acrescentam. eu queria voltar no tempo e abraçar cada um que ficou no meio do caminho - enquanto eu seguia, sem me dar conta do quão cada um é importante em minha vida. porque por mais que estejam distantes, dentro de mim elas vivem por perto, eu faço tudo pensando no quanto as tenho e como sou protegida, que quando eu precisar, terei outros braços ...

"Recomeços". Falar sobre isso sempre me frustrou, mas eu preciso deixar essa ferida aberta para que escorra todo mal que ela me fez. Todas as vezes nas quais eu tentava, era como se parte de mim ainda estivesse se recuperando, como se ela não estivesse preparada. Sabe quando você sente que o mundo inteiro lá fora está sereno, calmo, mas só dentro de você existe caos e confusão? Sabe aquele embrulho no estômago quando você percebe a felicidade tão perto, mas é incapaz de senti-la? Pois bem. Desculpe, talvez pareça/seja comum dizer: vai passar. Eu preciso que saiba. Entre a pressa, o cansaço, o descanso, a calmaria, existe um intervalo de tempo que me domina e quase me transforma. Pensar demais talvez não seja tão bom para quem ainda não se encontrou verdadeiramente. Você sabe que está no ápice da revolta quando olha para os lados e não vê mais saída, quando o único caminho já foi percorrido incontáveis vezes, quando você repete tudo de novo.  Silêncios que falam são o...